“You
tell me it gets better, it gets better in time. You say I'll pull myself together, Pull it together, you'll be fine. Tell me, what the hell do you know? What do you know?
Tell me how the hell could you know? How could
you know? 'Til It happens to you, You
don't know how it feels, how it feels, 'Til
it happens to you, you won't know, it won't be real. No, it won't real, won't know how it feels.” ( Música "Til It Happens To You"
("Até Que Aconteça Com Você"), escrita por Lady Gaga e Diane Warren para
o documentário "The Hunting Ground", sobre estupros acontecidos nas
universidades dos EUA.)
Hoje
em dia mata-se mais de 10 mulheres por dia no Brasil. Sim, podem assustar-se. De
acordo com os dados oficiais*, em 2013 foram 13 por dia e os estudos
já demonstram que em 2014 e 2015, os números continuam alarmantes. Não tem
outra explicação senão o machismo, que continua em alta na nossa sociedade.
Às
vezes, disfarçadamente, com mensagens subliminares em jornais, revistas, novelas,
filmes, decisões judiciais, ou mesmo em casamentos perfeitinhos, onde a mulher
é responsável por todos os cuidados com os filhos e com a casa. Outras ao vivo,
através do cerceamento da liberdade das mulheres em falar, agir e finalmente
pela violência. Está inserido até no grupinho de whatsapp da escola, onde só
participam as mães.
Desde
sempre eu enxerguei isso no mundo. Nunca sonhei em casar de branco, com
responsabilidade das tarefinhas de casa ou de cuidar da roupa do marido. Quando
fui morar com meu ex-marido tive a esperança de uma relação igualitária sem
posições impostas pela sociedade. Claro, foi um fiasco. Isso não existe nem em
filmes de comédias românticas.
No
trabalho o machismo é um componente inserido na cultura das organizações.
Trabalho numa empresa pública e não temos diferenças salariais, mas se
verificarmos com mais cuidado, entre homens e mulheres acima de 50 anos,
perdemos feio na ocupação de cargos de gerência. Apenas 2 (duas), e acima de 52
anos, nenhuma. Enquanto eles, ocupam esses mesmos cargos já passando
dos 60’s. Ou seja, nossa experiência e conhecimento perde a importância junto
ao aparecimento das rugas.
Demorei
a entender a razão de precisarmos ter um dia. Não gostava, achava que era mais
uma coisa para sermos tachadas de diferentes, de precisarmos de mais direitos.
Pura arrogância da juventude.
Além
disso, tinha receio de me definir como feminista. Se era o contrário de machista,
não seria indicado. Mas o necessário é isso mesmo, lutarmos a favor da
igualdade com direitos iguais. Na prática e na teoria. O dia da mulher, o dia
internacional de eliminação da violência contra as mulheres, são datas
importantes a fim de que se levantem dados e principalmente, divulguem-se e
discutam-se. As piadas machistas, de gays, negros, entre outros, para mim não
tem graça, aliás nunca tiveram. Não concordo com os que reclamam da falta de
humor. Precisam sim, fazer piadas com outros assuntos, pois com esses, só se enfatizam
os preconceitos.
Conclamo
a todos, homens e mulheres: rebelem-se! Sejamos feministas! Eduquemos nossos
filhos, a fim de que compreendam a igualdade de gêneros, a multirracialidade, e
o respeito que devemos às pessoas, bichos e ao meio ambiente. A paz agradece.
* * http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf
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